Breve relato sobre Santo Homobono
Dando sequencia aos breves relatos sobre os santos, hoje trazemos um breve relato a respeito de Santo Homobonus Tucenghi, sobre o qual não pudemos encontrar muitas informações, o que aqui se expõe se trata de um compilado de textos encontrados em outros sites, como o da Canção Nova e também uma carta pastoral de São João Paulo II. Certamente a leitura e o conhecimento deste santo muito nos enriquecerá em nossa vida de Fé e também será um auxilio a perceber o matrimônio como via de santificação.
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Pouco mais de um ano depois, em
12 de janeiro de 1199, meu Predecessor, Inocêncio III, inscreveu-o na lista dos
santos, em cumprimento à petição que o bispo Sicardo lhe havia feito, quando
veio como peregrino a Roma com o pároco. Osberto e um grupo de cidadãos, e
depois de ter avaliado os numerosos testemunhos, alguns escritos, dos milagres
atribuídos à intercessão de Homobonus.
Oito séculos depois, a figura de
São Homobono continua sempre viva na memória e no coração da Igreja e da cidade
de Cremona, que o veneram como seu padroeiro. Ele é o primeiro e único
leigo dos fiéis, a não pertencer nem à nobreza nem a uma família real ou
principesca, a ser canonizado durante a Idade Média (cf. A. Vauchez, I
Laici nel Medioevo, Milão 1989, p. 84; La Santità nel
Medioevo, Bologna 1989, p. 340). "Pai dos pobres",
"consolador dos aflitos", "assíduo na oração constante",
"homem de paz e pacificador", "homem bom de nome e de
obras", este santo, segundo as palavras do Papa Inocêncio III na Bula de
canonização Quia pietas,ainda é como uma árvore plantada junto a
riachos de água que dá seus frutos em nosso tempo.
Na caminhada das Bem-aventuranças
do Evangelho, no tempo das Comunas, quando o dinheiro e as tendências do
mercado constituíam o centro da vida da cidade, Homobonus combinou justiça e
caridade e fez da esmola um sinal de partilha, com a espontaneidade de quem
desde a contemplação assídua do Crucifixo aprendeu a testemunhar o valor da
vida como um presente.
Fiel a estas opções do Evangelho,
teve que enfrentar e superar obstáculos do seu círculo familiar, porque a sua
esposa não partilhou as suas escolhas, da paróquia, que olhava com desconfiança
para a sua austeridade, e do seu ambiente de trabalho, por causa do competição
e má-fé de alguns que tentaram enganar o comerciante honesto.
Assim, a imagem de Homobonus
surge como a de um empresário que se dedica ao comércio de tecidos e, estando
envolvido na dinâmica do mercado das cidades italianas e europeias, confere à
sua obra uma dignidade espiritual: aquela espiritualidade que é a marca de toda
a sua atividade.
Em sua experiência de vida, não
houve conexão entre as várias dimensões. Em cada uma encontrou o
"caminho" para exprimir o seu desejo de santidade: no núcleo
familiar, como esposo e pai exemplar; na comunidade paroquial, como crente
que vive a liturgia e se dedica à catequese, profundamente ligada ao ministério
do sacerdote; no contexto da cidade, em que difundiu o apelo do bem e da
paz.
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